O Ausente

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um rádio inabitável

memento homo que a pulvis est –
lembra-te homem que és pó

 

 

O corpo hábil para escutar e falar além de sua carne e ossos, como atesta A.S.Weiss, apenas será radiofônico quando se torna totalmente uma boca. só então, verdadeiramente poderá falar. Trajeto repleto de caminhos como aquele momento das equações nos campos magnéticos descritos por Maxwell: ali, uma onda de luz transmite ação fantasma à distância…
Quando alguém mesmo ausente se torna única boca, então um fantasma de carne e osso habita o ether neste rádio não mais sujeito a um único espaço e corpo.
e
deseja mais tempo para ser percebido.

 

 

Ficha Técnica:

Fred Paredes (dançarino)
Pedro Uranus (diretor de fotografia)
Francisco Cid Guimarães (editor)
Adriana Ribeiro (voz)
Toni Villani (voz)
Erik Judson (desenho)
Lucia Helena Zaremba (fotos)

Agradecimentos: Fernando Sant’Anna, Kika Medina, Tunga.